Uma escola associativa não se ergue sozinha. É um organismo trimembrado entre Mantenedora, Conselho de Pais e Conselho Pedagógico, e que depende também da atuação de toda a comunidade para existir.
No evento Fórum Guayi, que aconteceu no último dia 12 de março, fomos reapresentados às comissões de trabalho que arregaçam as mangas e constroem a nossa escola todos os dias.
Desde a manutenção do galinheiro até a captação de recursos, famílias, professoras e professores, dedicam suas habilidades e seu tempo para administrar e manter tudo funcionando.
Para a professora do 3º ano, Catarina Menezes, a realização do evento é a oportunidade de trazer consciência para nossas escolhas e a lembrança do compromisso que foi firmado quando tomamos a decisão de matricular nossos filhos numa escola Waldorf como a Guayi. Nesta instituição, às vésperas de completar apenas 12 anos, com a proposta de garantir diversidade social e de consolidar sua economia fraterna, ter a participação ativa da comunidade alinhada aos mesmos ideais é ainda mais fundamental.
“Nossas escolhas exigem corresponsabilidade, para isso precisamos estar juntos diante dos desafios, daquilo que não está tão bom e que pode melhorar”, reflete Catarina, que também destaca a linda troca de experiências entre as famílias recém chegadas e os pais e mães que já atuam nas comissões há muitos anos.
Como o Djair Guilherme, pai do 3º e 6º ano, há mais de oito anos na escola e formador do primeiro Conselho de Pais da Guayi; o qual se mostra sempre muito animado com a disposição das pessoas estarem presentes e cheias de vontade de fazer as coisas acontecerem. Porém faz um alerta para a manutenção desse entusiasmo: as comissões precisam ter encontros periódicos, objetivos claros e solucionar um problema por vez, além de comunicar e manter a comunidade atualizada sobre os trabalhos e as necessidades da escola para mobilizar e garantir o engajamento.
Muitos, aliás, chegam nesse movimento pela primeira vez com uma visão idealizada do engajamento e das demandas do trabalho comunitário, e logo se deparam com os desafios. Tiyomi Kamimura, mãe do 1º ano, recém entrou na escola e já se preocupa em como fazer com que as ações planejadas realmente se concretizem. O primeiro passo já foi dado - ela e seu companheiro, Erich, embarcaram nas comissões de Eventos, Zeladoria e Obras, de Brinquedos e de Comunicação, e com certeza farão diferença no nosso trabalho de formiguinha.
O trabalho voluntário das comissões é sempre inspirador e gratificante. Quando criamos o tempo para cuidar da escola, aquele tempo que sempre dissemos que não temos, nos damos conta de que estamos cuidando de nós mesmos e, acima de tudo, cuidando das nossas crianças.
Do Fórum, então, fica o convite: observe, se informe, participe.
O que pode fazer pela Guayi hoje?
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